domingo, 15 de setembro de 2013

Made in China

O Manifesto Comunista de Marx e Engels, de 1848, é um texto de conteúdo que pode ser considerado atual. O mesmo poderia estar estampando as folhas de jornais e livros contemporâneos sem causar estranheza, pelo contrário as palavras e constatações feitas são as vivenciadas pela sociedade capitalista em que se vive.
Esta atemporalidade do manifesto permite que se faça um paralelo com o regime socioeconômico da atualidade facilmente, um trecho encontrado na página catorze do texto de Marx e Engels que traz:
“As indústrias nacionais antigas foram destruídas ou seguem sendo destruídas dia após dia. Elas são desalojadas por novas indústrias (...); por indústrias que não mais trabalham com matéria-prima nacional, mas matéria-prima extraída de zonas remotas; cujos produtos são consumidos não só próprio país, mas em todos os cantos do globo.” Manifesto Comunista
O paralelo que se pode fazer é em relação ao desenvolvimento econômico dos Tigres Asiáticos. A industrialização dos Tigres Asiáticos se deu e continua procedendo da maneira como está no trecho acima colocado. A globalização levou transnacionais para a região asiática que se modernizou, a mão-de-obra barata em relação aos países sedes das indústrias (os considerados, primeiro mundo) e os incentivos fiscais oferecidos foram atrativos para as mesmas.
A modernização que passa os Tigres Asiáticos não atinge a toda a população, há uma disparidade entre o detentor dos meios de produção e os possuidores da força de trabalho. O trabalhador é explorado pelo dono dos meios de produção e recebe um salário, este, porém não equivale a sua produção e aos lucros conferidos. Essa diferenciação que existe hoje em todo o sistema capitalista, que se encontra na economia asiática em questão também foi estabelecida por Marx e Engels no Manifesto como a luta de classes, e para eles a mesma está presente em toda a história.

Camila Gabriele Pereira de Faria
1º ano Noturno

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