segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Impulso Capitalista

“Tempo é dinheiro”, “Crédito é dinheiro” e “Dinheiro pode gerar dinheiro”.
É a partir de tais afirmações, proclamadas por Benjamin Franklin, que Weber procura em sua obra estabelecer o sentido do denominado espírito capitalista. Este se caracterizaria pela ânsia de lucro, pela aquisição como sentido último da vida. Visa à utilidade, à honestidade, ou ao menos sua aparência. A aquisição não mais é vista como simples forma de satisfazer às necessidades básicas do homem.
A ética capitalista estabelece a acumulação de capital como resultado da virtude e eficiência do homem, uma obrigação que o individuo deve sentir e realmente sente. O capitalismo é estabelecido como ordem inalterável, à qual o individuo deve se adaptar, e à qual se adapta, sob o risco de ser colocado à margem do sistema.
Contudo, a perspectiva do lucro pelo lucro foi presente em épocas passadas. O que caracteriza o capitalismo como único é seu processo de racionalização do investimento. A ânsia pela acumulação não é a ‘superestrutura’ do capitalismo, como muitos teóricos admitem, mas seu fator de desencadeamento. O capitalismo busca a acumulação tendo em vista gerir, investir, com espírito racional.

Assim como afirma Weber em sua obra A Ética Protestante e o Espírito Capitalista, “O ocidente (...) veio a conhecer, na era moderna, um tipo completamente diverso e nunca antes encontrado de capitalismo: a organização capitalística racional assentada no trabalho livre (formalmente pelo menos)”.

Fernanda dos Santos Nogueira - 1º Ano Noturno

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