terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ética protestante e o espírito do capitalismo

Em Weber, o capitalismo não é visto pura e simplesmente como acumulação de dinheiro, mas como a racionalização do mundo, da administração, da ciência, da mão de obra. Com espírito idealista, expõe que o capitalismo surge das ideias capitalistas, presente em algumas sociedades, e não o contrário. Tais ideias capitalistas poderiam se definidas como o "espírito do capitalismo".
O conceito-chave da análise de Weber do tema capitalismo é a seguinte tríade infinita: O calvinismo - crença da predestinação - gera o "espírito do capitalismo" que por sua vez gera o capitalismo. O capitalismo reforça-se no calvinismo. 
Para Weber, a ética protestante foi fundamental para o crescimento do capitalismo: o calvinismo baseava-se na predestinação que poderia ser percebida através de sinais como a resistência às tentação e principalmente o sucesso nos negócios. Dessa maneira, o empreendedor calvinista não usufruía dos lucros de seu negócio, mas os acumulava e os reinvestia, além de negar o ócio, criando terreno mais que frutífero para o sucesso do capitalismo. Weber expõe, porém, que o ethos racional tem sua origem na revolução protestante, mas firma-se como necessário a todos aqueles que pretendem manter-se competitivos no mercado. 
Fica claro que, diferentemente de Marx, Weber analisou o capitalismo segundo as perspectivas de seu tempo. Também diferentemente de Marx que prega a desnaturalização do capitalismo, Weber propõe o capitalismo como resultado de um "processo natural" das coisas, ou seja, produto imutável do "espírito do capitalismo".

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