domingo, 8 de setembro de 2013

Ao individual, não ao geral

A compreensão sociológica de Max Webber, de fundamental importância em todos os campos de estudo humanidade, está focado no indivíduo em si, pois este é o autor responsável pela ação social. Mesmo na compreensão de entes coletivos, Webber afirma que o foco deve ser mantido no indivíduo. Desta forma, tratando-se de uma compreensão individualista, deve-se tomar relevante os valores de cada pessoa, baseado em sua convivência.
Webber não aceita a generalização, pois esta dificulta a compreensão real do fenômeno levando à criação de um “denominador comum”. Assim, o pensador se baseia nessa negação do geral, para realizar sua crítica à respeito do Materialismo histórico, dizendo tratar-se mais de uma “religião” do que propriamente científico. A ação social não pode ser considerada uma ciência, pois estas podem ser, depois de um período de experimentação e observação, organizadas em leis, porém, a ação social se vale de um caráter subjetivo e, não obstante, de uma forma tão individual que não se pode estabelecer um modelo de ação social de todo indivíduo ( generalização).
             Esse “desprezo” weberiano pela generalização, se for analisada de um ponto de vista atual, ou seja, do século XXI, deve-se relevar a sociedade preconceituosa em que vivemos, não se deve estabelecer conceitos gerais para todas as pessoas que fazem parte de um grupo. Devemos fugir dos estereótipos, não devemos aceitá-los. O ser humano não pode ser rotulado, a sua essência extremamente importante, o ser humano não deve ser desprezado, não para a coisificação!



Luis Eduardo Simplicio de Lima - Direito Noturno

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