segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A resistência do Capitalismo

       A burguesia é responsável, além de outros fatores, pela desestruturação do sistema feudal e pela criação de uma realidade de acordo com seus interesses, dominando tanto o poder executivo do Estado como as classes que este contém. E o que Marx e Engels justamente argumentavam era que essa base, esse arsenal burguês complexo, a partir da livre concorrência, seria o responsável pela derrocada do capitalismo, visto que as forças produtivas ficariam limitadas.
           Porém, o que se vê na verdade é uma cada vez maior flexibilização do capitalismo de acordo com as adversidades que enfrenta. Talvez seja pela própria globalização dos meios de produção, ou pelos diversos caminhos presentes para sair de certa crise. O que importa mesmo é essa consistência, ainda que turbulenta, do sistema capitalista.
           Outro ponto que aponta para essa persistência do capitalismo é justamente a ineficácia de grande parte do operariado em se unir no contexto da globalização e buscar soluções que revertam a sua situação, ainda precária. A melhor solução, já apresentada por Marx, seria uma utilização inteligente dos meios de comunicação a seu favor, facilitando essa união por parte dos proletários.
             Portanto, ainda que encontremos algumas rupturas no sistema capitalista, é impressionante a capacidade de renovação que ele apresenta. Muitos afirmam que é questão de tempo para que ocorra a desestabilização geral desse sistema, mas o que se têm visto ao longo da história é essa supressão “eficaz” da classe mais desfavorecida e da cada vez maior flexibilização do capital, dificultando que um sistema alternativo se sobressaia ao atual.

Rodrigo Nadais Jurela- Direito Noturno
         

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