sábado, 31 de agosto de 2013

Consequências de um divórcio

O livro "O Capital" ("Das Kapital"), de Karl Marx, consiste numa crítica à economia política capitalista. Uma forte crítica feita na obra é em relação a mais-valia, para Marx esta é agravada com a chegada da máquina e gera consequências diametralmente opostos para o burguês (dono dos meios de produção) e para o operário.
A partir da análise feita por Marx a respeito do desenvolvimento cada vez maior das fábricas e dos respectivos meios de produção, nota-se que aquele momento representou o ponto de cisão entre dois panoramas: o primeiro, no qual o trabalhador conhecia todas as etapas necessárias para a produção de determinado produto; e o segundo, no qual o trabalhador não passava de um operador de máquinas totalmente alienado em relação ao processo geral de produção. Toma-se conhecimento também da relação cada vez mais antagônica entre o trabalhador e o proprietário dos meios de produção. Um grande exemplo é a mais-valia, através da qual o operário sofre um aumento na jornada de trabalho, sem receber por isso um aumento proporcional em sua remuneração. Juntamente com o aprimoramento das máquinas, nota-se como já foi dito, um grande aumento na jornada de trabalho dos operários e a deterioração da qualidade de vida destes. E essa relação cada vez mais prejudicial em relação ao operário em seu meio de trabalho pode ser indicada como principal razão para o movimento de contrariedade manifestado por esses em relação às maquinas e seus patrões.
O divorcio entre o homem e os meios de produção ou as ferramentas de trabalho, mais especificamente, ocorrr a partir do momento em que sua atividade (do homem) nao passa de mera força motriz para o funcionamento da maquina. Ele apenas fornece força à máquina, que transforma matéria-prima em objeto. E a força humana ainda pode ser substituída por outras forças, como hidráulica, dos eólica, entre outras, distanciando mais ainda ele dos meios de produção.
Por fim, podemos concluir que obviamente esses fatores acarretariam em revolta por parte dos trabalhadores. A primeira forma de resistência tem início com o inglês Ned Luddman com o lema "Quebrai as máquinas.", mas os capitalistas aliados ao Estado reprimiram o movimento alegando que violava a propriedade privada. O segundo momento foi a montagem de sindicatos e a realização de greves, porém como a massa de desempregados era cada vez maior - a máquina substituiu boa parte da mão-de-obra empregada - os grevistas eram demitidos e substituídos. Por fim, tivemos a proposição de uma nova sociedade, o socialismo; inicialmente tivemos os socialismo utópico, como o de Robert Owen (coletivização de sua fábrica) e o deCharles Fourier ("Os Falanstérios"), e depois o socialismo científico/real formulado pelo Marx em união à Friederich Engels.


André Mateus Pupin, Bento Salgado, Bruno Leme, Caio Minoru, Gabriel De Bonito, Leonardo Mussin e Lucas Surjus.

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