domingo, 12 de maio de 2013

Desequilíbrio social sob a óptica de Durkheim


Fato social para Durkheim tem como substrato o agir humano que, no entanto, independe do indivíduo e ocorre de acordo com regras instituídas socialmente. Ou seja, é todo aquele fenômeno que se origina externamente em um meio social. Ao considerar a sociedade como um organismo vivo, o sociólogo crê na existência de um conjunto de microcosmos, subgrupos e instituições, que para garantir a sobrevivência desse corpo social precisa ser funcional. Dessa maneira, acredita que cada indivíduo, ou célula social, deva cumprir o seu papel na sociedade; caso contrário, seria provocado uma disfuncionalidade, isto é, um desequilíbrio para todo esse corpo, além de um estado geral de anomia, dissolvimento das regras sociais.
Segundo Durkheim, então, as atitudes dos indivíduos que destoam dos comportamentos socialmente instituídos provocam o colapso das instituições e, concomitantemente, o desequilíbrio de todo corpo social.  Verifica-se também que a divisão do trabalho, por exemplo, é resultado de um condicionamento consolidado internamente na sociedade, advindo de uma solidariedade mecânica, e não como comumente a pensam, como resultado externo do modo de produção capitalista. Se em algum momento ocorrer questionamentos a respeito dessa determinada divisão, o corpo social como um todo entra em perigo uma vez que o equilíbrio é abalado pela disfunção provocada por tal atitude desvinculada dos mecanismos produtores da dinâmica social.
Além disso, o agravante problema da violência na modernidade segundo a óptica de Durkheim pode ser avaliado como uma disfuncionalidade das instituições sociais. Se um indivíduo comete um delito, analisa-se que as estruturas responsáveis pelo equilíbrio social como as instituições familiar e educacional falharam em algum momento da vida desta pessoa e, por isso, tal disfunção ocorreu.

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