domingo, 26 de maio de 2013

A dialética histórica e suas restrições

A dialética histórica e suas restrições


O movimento dialético tem sido usado ao longo dos séculos. Nasce, segundo filósofos gregos, com Zenão de Eleia. Sua posição finalística é contrapor ideias, cujo sentido é direcionado pela tese, em oposição à antítese formulando, portanto, a síntese, cuja finalidade é possibilitar o engendramento de uma ideia mais complexa e ideal, em seu conjunto onde abarca ambas as ideias anteriores, produzindo o ponto ‘máximo’.

Durante o prosseguir da História, o movimento dialético tem servido para produção de pensamentos, em sua maior parte, para o desenvolvimento da sociedade e de suas consciências. Contudo, tem-se ocupado, majoritariamente, com os fatores que diversas vezes tem tornado utópico sua utilização e que, em certo ponto, tornou-a símbolo de um método anacrônico. Saint-Simon, Tomas Morus e outros pensadores partiram de u um ideal que, embora não colocaram como sendo dialético, propuseram sociedade em grande  parte opostas àquelas em que viviam, logo, não contradizendo o aspecto contra pontual. Assim, começa-se a cunhar  o utópico e não obstante, surge o que se denomina o socialismo utópico. Claro que não exima-se o que representou o anarquismo de Bakhtin, mas foi então Hegel que, utilizando de sua dialética ideal, trouxe-nos ideias sociais. A critica então recai sob tal ponto. Embora Karl Marx e Friedrich Engels tenham proposto o materialismo dialético, cumpre-se aí a oposição entre ambas as visões. De certa forma, o idealismo de Hegel transcende o que poderíamos conceber na realidade, pois grande parte de seu pressuposto parte do mundo das ideias para posteriormente concretizar-se no mundo concreto, o que causa certo desencontro, já que nem tudo que pensamos pode ser aplicado definitivamente em nossa realidade, a qual é movimentada por  ações e vontades que não são unicamente nossas. Mas também o materialismo de Marx e Engels, embora deveras concreto para os fatos, não deixa de apresentar suas falhas. Construindo-se em um conceito histórico, o qual se embase nas sínteses de nossas contraposições e assim traça-se uma continuação para a concretização das ações humanas, uni-o ao poder do trabalho e do capital; acolhe-os e miscigena-os constatando sua síntese na relação entre o trabalho e o capital, e nota-se, logo, o caráter dos meios de produção para o que é a realidade sócio-econômica-ideológica. Todavia, não lhe é eminente que embora não tão contrastantes os fatos inferiores sejam ao que concerne o poder econômico e, como esse movimenta a sociedade, já que, de certa maneira, é ele o responsável pelas teses e antíteses visitantes na história humana, acaba por restringir o corpo analítico do processo dialético que, entrementes, não se resume a isso mas, como o coloca dotado de tanta primazia, termina por fechar as ‘portas’ para cosmovisões problemáticas de sua realidade social.

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