domingo, 26 de maio de 2013

A contemporaneidade de Engels

          Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen são representantes do socialismo primitivo, segundo o qual a solução seria vinda “de cima” devido à incapacidade do proletariado de se auto-representar. Para Saint-Simon, o governo deve ser o da indústria e o da ciência, haveria o conflito entre ociosos e trabalhadores. Fourier critica a burguesia, afirmando que há uma contradição, pois a pobreza brota da abundância. Propunha o cooperativismo e a criação de falanstérios, onde cada um trabalharia naquilo que fosse do próprio interesse. Owen dizia que somente por meio da educação infantil e de condições dignas de trabalho poderia haver a coesão social.
          Engels juntamente com Marx são considerados os fundadores do socialismo científico. Engels conclui que, para os socialistas “utópicos”, o socialismo seria uma verdade que deveria ser revelada por homens especiais. Ele critica os antagonismos de classe, sendo um partidário dos ideais da Revolução Francesa. Engels é partidário da tese de que a história da humanidade é baseada na luta de classes.
          Há um conflito entre a dialética de Hegel e a Marxista. Para Hegel, a humanidade estaria em um processo permanente de desenvolvimento. O idealismo Hegeliano diz que tudo o que é real é racional. Engels critica tal idealismo, afirmando que ele leva à conexões falsas e artificiais. Para Engels, o socialismo é fruto da história e não uma criação humana. O socialismo científico teria a função de estudar sobre as contradições inerentes ao capitalismo.
          A tese de Engels em que ele afirma que a história da humanidade é pautada na luta de classes pode ser observada na atualidade, onde a globalização e o desenvolvimento técnico-científico exigem a especialização da mão de obra e os que não se adequam ao sistema são “eliminados” pela lógica de mercado.


                     Virginia Barbosa Melo de Carvalho-direito noturno

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