domingo, 7 de abril de 2013

Pseudo ordem do progresso


Uma teoria que visava explicar as coisas relacionadas à vida prática do homem e não os fenômenos ou relações externas, essa é a teoria positivista criada por Auguste Comte. Para ele, o Positivismo é o terceiro e último estágio de desenvolvimento do conhecimento, superando o teológico e o metafísico. O filósofo não se interessa pelas causas futuras, mas pela sociedade na qual estava vivendo. Por esse motivo, Comte vislumbrava o estabelecimento de uma ordem social, pois a partir deste ordenamento seria possível se estabelecer o almejado progresso. Para se alcançar o equilíbrio buscado, o francês defendia a instalação de um Estado forte e controlador, pois a sociedade só funciona quando os indivíduos aceitam e cumprem seus papeis sociais, sendo de responsabilidade estatal controlar a burguesia em ascensão na época.
Analisando o mundo contemporâneo pode-se observar uma alienação das pessoas frente ao seu papel social. Uma sociedade consumista, egocêntrica e desinteressada com assuntos públicos é a que se vive hoje e na qual se aplica a teoria de Auguste Comte, pois aceita pacificamente as imposições governamentais e dos grandes controladores da economia. Não se revoltar contra os altos impostos pagos e o baixo retorno, é só um exemplo do alcance da tal ordem desejada no positivismo. Pode-se questionar então, o lema, que fora também embasado na teoria em questão, da bandeira nacional: Ordem e Progresso. Para se chegar ao progresso é necessário ter uma população cega, submissa e um governo que se aproveita dessa situação para o estabelecimento de uma “ordem social”? Deve haver algo errado ou com o mundo atual ou com a teoria positivista ou com os dois, não é provável?

Aula 4
Camila Gabriele Pereira de Faria
1º ano
Direito noturno

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