domingo, 7 de abril de 2013

Procura-se: gato de Schrödinger, vivo e morto





A “experiência” de Schrödinger foi realizada em 1935, cerca de um século após a elaboração do Positivismo de Comte. Certamente, se o filósofo francês houvesse vivido na mesma época do físico austríaco, teria repensado sua tese.

Comte defendia a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro, ou seja, tudo aquilo que não puder ser provado pela ciência deve ser desconsiderado. Para tanto, o pai da sociologia criou a Lei dos Três Estados, determinando que o Positivismo (a etapa final e definitiva) deve ser baseado na busca pelo concreto e observável.

Contudo, o austríaco Erwin Schrödinger elaborou uma experiência imaginária na qual um gato, ao ser colocado em uma caixa, estaria vivo e morto, simultaneamente. Para compreender tal situação e seu resultado, é necessário, inicialmente, aceitar o fato de que nem tudo pode ser observado e integralmente comprovado.

Assim, torna-se imprescindível a negação – ainda que parcial – da teoria de Auguste Comte. Sua visão unilateral quanto à forma de obtenção do conhecimento é prejudicial para a compreensão da realidade nos tempos contemporâneos. 
  



Ana Clara Tristão - 1º ano Direito diurno

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