domingo, 7 de abril de 2013

A Revolução Conservadora de Comte



Em contraposição aos avanços das ciências de um modo geral, a filosofia permanecia estagnada na metafísica e na abstração. Percebendo tal fato, Augusto Comte pretendeu, em seu “Curso de filosofia positiva”, criar uma nova forma de se pensar a filosofia, mudando-se a forma de construção do conhecimento da mesma. Essa nova abordagem filosófica foi inicialmente batizada de “física positiva”.
                Recorrendo as descobertas científicas de outras áreas do conhecimento, mais especificamente a Lei de Newton de Gravitação Universal, acreditava que a sociedade seria também regida por leis universais e imutáveis. Logo, caberia ao filósofo a função de descobrir tais leis e compreender sua influência na sociedade em que vivem.
Comte pregava também a pregava a manutenção da estática (ordem) que acarretaria na dinâmica (progresso) e vice-versa. Seguindo essa ideia, Comte rejeitava a realização de revoluções, considerando essas um empecilho ao progresso e denominando os subversivos como uma “patologia social”. Resultado desse pensamento, em sua época revolucionário, o positivismo acabou tornando-se um sinônimo pejorativo de conservadorismo.
Embora seus pensamentos sejam por muitos criticados, as contribuições de Augusto Comte para o avanço filosofia e para a fundação da sociologia são inquestionáveis. Seguindo os passos de Francis Bacon e René Descartes, Comte fechou a "revolução" do pensamento iniciada pelos outros dois e muitas de suas ideias continuam até hoje sendo pregadas e parcialmente seguidas.

Suzana Satomi Shimada - 1º ano direito diurno

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