segunda-feira, 15 de abril de 2013


            A existência está passível de sanção.             


 

  Somos levados a ser o que somos? Qual é o limite de nossa autonomia diante da sociedade? Somos meros reféns do que já existe? E nossa existência, qual o seu papel? Ao nascermos nos deparamos com um mundo pronto  regras sociais, cultura, língua,etc. No processo educacional familiar valores morais , religiosos ,etc. são-nos impostos para que ao sairmos do âmbito familiar possamos conviver em sociedade. Nesta há  regras de adequação, sendo o não cumprimento punido com diferentes formas de sanção.

  Dessa forma a personalidade do individuo é moldada  pela coercitividade  seja na infância , em que noções de certo e errado , permitido e proibido, são impostos ate que se internalizem, seja na sociedade  com suas leis morais e suas normas positivadas.        Chegamos num mundo pronto para nós, nas palavras de Shakespeare “ o mundo é um palco, no qual atuam homens e mulheres” a partir disso desempenhamos diferentes papeis, marido, filho, empregado, papeis que já existiam antes de nossa concepção.

Nessa problemática existe  a nossa autonomia, esta que é exercida pela metade visto os fatores citados anteriormente que impedem pré-escolhas, como quando e onde nascer...

  O exercício da autonomia ,quando vai de encontro ao que é considerado “normal” ,ou socialmente aceito, é punido com de alguma forma , exemplo : o assassinato é punido com a reclusão social, ou mesmo coisas simples como vestir-se diferente das pessoas do grupo ao qual pertence , que punem o “transgressor” com um isolamento.
  O exercício da autonomia , livre do peso social, pode trazer tanto problemas, como também benefícios, pois não devemos nos omitir perante o que nos foi imposto, por mais que tenhamos uma carga enorme de imposições assimiladas, temos a possibilidade de utilizar nossa existência para transpor o estabelecido. Como foi dito por Sartre a “existência precede a essência “ e desse pressuposto que  encontramos caminhos para atuar como atores mais independentes, contrariando o status quo ,mesmo que correndo o risco de sermos sancionados

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