domingo, 17 de março de 2013

Prática e Teoria

Bacon, aprimorando as ideias de Descartes, conciliou o labor racional com a experimentação estabelecendo, assim, um método que alia as abstrações com o contato com o mundo físico. Essa relação mutualística elevaria o poder de conhecimento do ser humano a um nível mais palpável e utilitarista.

Alguém que, apesar de saber todo o conhecimento teórico de música (notas, partituras, arranjos...), não pode ser um violinista sem ter contato com o instrumento, sem o conhecimento prático. Da mesma forma que somente com a prática, sem nenhum conhecimento teórico, é impossível ser um bom violinista. Bacon teoriza exatamente sobre isso, o conhecimento se dá por completo quando a prática e a teoria caminham lado a lado.

Um dos motivos que Bacon utiliza para defender não somente o uso da razão são os ídolos, estes são falsas noções que ocupam o intelecto humano impossibilitando o acesso à verdade, ou seja, turvam o olhar, velam o conhecimento. Os ídolos podem ser das mais diferentes naturezas: pessoas, filosofias, falsas representações da realidade e até a própria natureza do ser humano.

Sem o contato com o mundo factível, portanto, o conhecimento é fica prejudicado tanto pelas abstrações que não levam a nenhum resultado quanto, pelos ídolos. O contato com o mundo real desfaz essas interpretações errôneas e tornam o conhecimento mais prático e utilitário.

Karina Lima - Direito noturno

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