segunda-feira, 25 de março de 2013


                              Mecanização contemplada ou ultrapassada?


          Passados os tempos em que as concepções da humanidade e da natureza estavam estritamente embasadas ao pensamento Cartesiano e às Leis Newtonianas, atinge-se um ponto, a ver, Ponto de Mutação, onde a universalidade de tal raciocínio desfalece-se, trazendo novas questões a respeito da funcionalidade do mundo, da ciência, da política, da medicina e afins,  como sistemas maiores, incapazes de serem compreendidos por total dissecamento e/ou afunilamento dos princípios que regem suas respectivas construções.
            Como dito, o pensamento antiquado buscava estudar o maior número de partes que constituíssem determinado objeto de estudo a fim de entender sua totalidade. Era importante estabelecer leis, era importante definir, categorizar e enunciar. Posta uma lei, nada lhe é contrária, visto que sua formulação provém do estudo da Natureza e da prática experimentalista, as quais são formadas por leis imutáveis e matematizadas. Não obstante, era preciso transpô-las para a vida do homem, tornando-a mecânica como um relógio (comparação, inclusive, feita pelo próprio René Descartes), o que afasta e torna inaceitável a ideia do corpo como uma totalidade orgânica, ou de um conglomerado de pequenas partes que, juntas, sempre e esperadamente o formarão.
            Posto isso, vale ressaltar, finalmente, a ideia do filme, que, por sua vez, critica a contemplação dos pensamentos reducionistas e analíticos que acabam por retirar a essência de totalidade presente nos mais variados objetos de estudo da contemporaneidade, e/ou então das ramificações da ciência (como já dito, a politica, a medicina, etc). A proposta é que deixemos de tratar unica e exclusivamente os seres e instrumentos como meras máquinas e passemos a estudar a possibilidade de que a herança Cartesiana pode ser falha e carente no que se diz respeito à compreensão da essência das coisas como sistemas de funcionamento mais amplos do que um simples quebra-cabeça.


Leonardo Mussin de Freitas, DIURNO.

           

           

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