Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
sexta-feira, 15 de março de 2013
DA REALIZAÇÃO CIENTÍFICA À VIDA COTIDIANA
Francis Bacon insatisfeito com a ideia de ciência contemplativa própria da filosofia tradicional, como a aristotélica, propõe, em 1620 com a obra Novum Organum, a realização de uma ciência interpretativa por meio de experiências e observações e que tenha por finalidade modificar a condição humana. Assim, nasce a base da ciência moderna.
No seu método, Bacon inculca a importância dos mecanismos de regulação da mente pela experiência para que não ocorram equívocos ou distorções provocados pelo senso comum, interferências de sentimentos ou incompetência dos sentidos. Dessa forma, pode-se perceber a importância da aplicação do método baconiano não somente para a produção científica, mas também em nossas vidas cotidianas. Uma vez que somos constantemente induzidos pelos pressupostos, pela interferência de sentimentos ou pelo senso comum a empreender falsas percepções de pessoas, situações ou do mundo, de maneira geral.
Da mesma maneira, a ciência de Bacon demostra a relevância da antecipação do acaso através da interpretação e observação das experiências realizadas. É dessa forma que, atualmente, a tecnologia de processamento de informações trabalha com previsões e prevenções de casos. Como por exemplo, os satélites que detectam fenômenos da natureza e evitam o acontecimento de tragédias.
Sinteticamente, a ciência interpretativa, utilitarista e experimental são, até os dias atuais, a base para o método de produção de boa parte da tecnologia existente e relevante até mesmo para a aplicação cotidiana.
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