segunda-feira, 18 de março de 2013

A dúvida metódica e o cogito


Inserido em um contexto histórico de tradição transcedental, com ausência de razão na explicação do mundo, em “Discurso do Método” Descartes demonstra a intenção de produzir um novo conhecimento tendo por base a razão, sendo ela o “poder de julgar de forma correta e discernir entre o verdadeiro e o falso” , aquilo que nos diferencia dos animas. Segundo ele, esta é distribuída igualmente entre todos, sendo que o que difere os que a possuem o modo como a usam.
Descartes fala então sobre o método que criou para utilizar a razão na formação do conhecimento, que consiste na dúvida metódica, ou seja, na “desconfiança mais que a presunção”, no qual todos os conhecimentos devem ser questionados. Porém, evidencia que sua intenção é dar exemplo e não determinar normas a serem seguidas para conduzir a razão. 
O filósofo analisa as ciências como caminhos ao conhecimento, dentre elas a filosofia, que critica alegando ter base incerta, não transformando o mundo, apenas o contemplando. Critica também o conhecimento sobrenatural, e a teologia. Afirma que apenas os matemáticos puderam encontrar algumas razões certas e evidentes dentre todos os homens que buscaram a verdade nas ciências.
Conclui que apenas o estudo formal não é suficiente na formação da verdade e questiona todas as verdades até então aceitas, chegando a sua máxima: “Penso, logo existo”( conhecida como cogito).Assim, o ser humano era, para ele, uma substância essencialmente pensante.
Seu método científico baseado na dúvida das percepções sensoriais, responsáveis pelos erros dos conhecimentos humanos, e questionamento, que levariam à verdade,à clareza do conhecimento,  torna-se base da ciência moderna racional.
Mayara Paschoal Michéias - 1º ano DIREITO UNESP (Turma XXX-diurno)

Nenhum comentário:

Postar um comentário