segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mecanização do homem


Weber constata em sua obra que as relações humanas nos períodos antigos muito se diferenciavam das, que após o advento do estado liberal, começaram a surgir entre os homens, as relações que antes eram estritamente pessoais, em que a confiança entre as partes era a única garantia de cumprimento, foi substituída após a revolução francesa pela frieza do contrato, pela burocracia que organiza e garante a segurança dos negócios pelo viés jurídico.
A racionalidade extrema a qual o homem tem cada vez mais se aproximado é denominada por Weber de “racionalidade formal”, a racionalidade formal muito se assemelha a um sistema de proporções em que há embutido em tudo uma finalidade, onde o caráter teleológico das ações humanas se torna estritamente utilitarista, onde as ações e tudo mais é calculado a fim de se obter algo.
                O autor afirma que, para a possibilidade de manutenção deste tipo de relação, se torna necessário um sistema jurídico/burocrático que garanta segurança de maneira impessoal, um sistema burocrático extremamente técnico que funcione de maneira mecânica, que não se prenda aos valores impregnados aos negócios jurídicos.
Weber afirma em sua obra que há um processo de negação de tudo aquilo que transcende o humano, que todos os aspectos de extrema mecanização das relações humanas/jurídicas explicitam o processo chamado pelo autor de “desencantamento do mundo”.

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