domingo, 16 de setembro de 2012



No filme “Código de Conduta” surge a discussão e a avaliação da justiça que ocorre ao se punir alguém por um crime. Nesta, um dos indivíduos é levado á pena de morte enquanto que o verdadeiro culpado, por causa de um acordo feito com o promotor, tem apenas uma pena leve. Isso nos leva a discussão de que se alguma justiça é melhor que nenhuma.
É fato que a justiça deveria ser perfeita, todos deveriam ter a pena que merecem de acordo com seu crime cometido, porém não é assim que acontece. O Direito é orientado por leis que norteiam cada decisão tanto dos juízes, quanto da parte da defesa e acusação nos tribunais. Por isso algumas vezes há casos em que estes ficam de mãos atadas, e dependendo do caso e das provas encontradas, estes tem que recorrer á métodos que pelo menos lhes deem a certeza da punição.  
Mas esta definição das ações de todos os envolvidos na procura da justiça, por ser sempre limitada pelos Códigos, traz a tona a discussão de o Direito ser uma ciência exata, que age de modo cartesiano. Na minha concepção essa definição do Direito não ocorre, porque apesar de o Código ser rígido e sucinto, há lacunas nas leis que permitem o uso de outros métodos de decisão. Entre estes métodos está a jurisprudência e a analogia, que tornam sim o Direito um pouco mais “maleável”.
É fato que o Direito deve considerar sim a principio o seu código, pois se o desconsiderasse, ou o colocasse em segundo plano, os próprios sentimentos iriam interferir numa decisão que deve ser racional. Porém há de se admitir que as nossas leis muitas vezes são falhas, e que estas devem evoluir e melhorar para a busca de uma melhor justiça, de modo que não haja apenas alguma justiça, mas que na maior parte das vezes seja feita a plena justiça. 

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