domingo, 23 de setembro de 2012


Durkheim, em parte de sua obra “da Divisão do Trabalho Social”, procura explicar as modificações ocorridas com o surgimento da sociedade moderna.  Para o autor, o êxito do sistema capitalista trouxe uma transformação em sua própria estrutura, dando uma nova orientação à sociedade, tanto no sentido social, quanto econômico.
Comparando a sociedade a um organismo vivo, Durkheim mostra os dois estados em que ela pode se encontrar. O primeiro deles, o estado normal, que aponta os fenômenos que frequentemente ocorrem na sociedade.  O outro, o estado patológico, que aponta comportamentos que representam doenças. Segundo o autor, tais comportamentos devem ser isolados e devidamente tratados, pois representam um risco à harmonia e ao consenso permitidos pela ordem social e pela moral. Assim, ele vê a sociedade moderna em estado doentio, já que deixou de exercer o papel de “trava” moral sobre os indivíduos.
O autor considera que os conflitos e desordens comuns na sociedade moderna são, na verdade, sintomas deste estado patológico e que instituições que deveriam ser respeitadas, como a Igreja, o Estado ou a família não oferecem eficácia no controle moral da sociedade. Durkheim chega a conclusão de que o único elemento capaz de unir a sociedade é a solidariedade social. Tal solidariedade se expressa por uma maior ou menor divisão do trabalho, somando-se a consciência, seja ela individual ou coletiva.
Tal teoria levou o autor a demonstrar que os fatos sociais tem existência própria, independente dos indivíduos e que, no interior de qualquer sociedade existem formas de conduta e pensamento padronizados.

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