domingo, 12 de agosto de 2012

Poluição mundial


Em um mundo indiscutivelmente globalizado, surge o discurso ambientalista, preocupado com os gases poluentes, a contaminação dos recursos hídricos por meio de resíduos tóxicos etc. As poluições atmosférica, hídrica, do solo, sonora, e a mais recente, a visual, afetam as relações interpessoais em tal cenário. Pode parecer uma desavença psíquica autoral, porém, mister se fazem as explicações necessárias para a sustentação do argumento apresentado.

Já em Do socialismo utópico ao socialismo científico, Engels dizia que “já não se tratava de abolir os privilégios de classe, mas de destruir as próprias diferenças de classe”, isto é, o proletariado não queria acabar com as vantagens do capital para a burguesia, mas queriam essas vantagens para si, inclusive. Isso revolucionou o pensamento socialista e foi desenvolvido de modo enfático no Manifesto Comunista. E o que isso tem a ver com a poluição? Percebe-se que muitos dos anúncios, outdoors, comerciais televisivos, possuem preços estabelecidos para a compra e, consequentemente, um ímã para a vontade consumista.

Inegavelmente, esse carnaval visual afeta a todos, gradativamente e exponencialmente. Isso gera um “ciclo vicioso”, tornando possível o giramento contínuo da roda da economia e dos modos de produção. Mas, resta uma curiosidade, que já não o é mais: como tantos produtos circulam em vastas quantidades de modo a nunca se esgotarem? As máquinas, que há décadas substituíram de forma injusta e maciça os trabalhadores, que, obviamente, sem condições físicas, psicológicas e técnicas não conseguem competir de modo igualitário contra os monstros que ajudaram a revolucionar o capitalismo e acelerar o processo produtivo.

Assim, nota-se que todas as poluições têm relação com o capital, até mesmo a espacial, já que os resíduos espaciais são produtos provenientes do processo de globalização, mais especificamente da instalação de satélites e aparelhos tecnológicos. Logo, uma crítica estonteante, no que tange às relações familiares, foi a que Marx disse que até elas são, atualmente, baseadas no capital. E cada vez mais, isso é perceptível, pois os sentimentos são deixados de lado, muitas vezes, para darem lugar ao interesse familiarizado com o lado burguês.

                       Por fim, o texto de Marx e Engels não foi um protetor para os trabalhadores, mas sim um impulsor para a tomada de decisões que fizessem uma diferença na ordem social vigente, já que não existia um líder efetivo para concretizar essa transformação repentina. Desse modo, mais que um manifesto, foi uma organização, uma aglutinação, uma resposta e, sobretudo, uma herança para o socialismo da época e também moderno. 

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