segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O indivíduo e o marxismo.


“Um espectro ronda a Europa: o espectro do comunismo”, assim Karl Marx e Frederich Engels iniciam o chamado “manifesto do partido comunista”, obra a qual tinha como objetivo discutir e expor os fundamentos do comunismo.
No século seguinte, o XX, durante a década de 10, ocorreu a chamada Revolução Russa, onde pela organização dos trabalhadores, o antigo regime, que possuía características semi feudais ruiu e assim teve inicio um governo socialista, que duraria até os anos 90.
Nos acalorados discursos dos líderes revolucionários, o socialismo era a libertação da classe trabalhadora, era uma forma para de fato existir a igualdade entre os homens, como várias vezes descrito o “paraíso na terra”. Mas o fortalecimento do estado, a criação de uma burocracia e do uso da violência, o sistema foi se mostrando incoerente na antiga União Soviética.
Nos primeiros anos do século XX, antes e depois da própria revolução, muitos foram os críticos das ideias marxistas, usando as mais diversas análises e áreas do conhecimento para a argumentação da ineficiência das ideias marxistas, segundo esses pensadores. A se destacar, era a posição de parte dos psicanalistas, área surgida com Sigmund Freud e que se fortalecia cada vez mais, onde afirmaram que era impossível planejar um sistema onde indivíduos eram considerados iguais por parte do Estado, porém, as teses psicanalíticas afirmavam que os seres humanos eram anti sociais, egoístas, e eram profundamente diferentes nas mais diversas análises. Portanto, não caberia ao Estado tentar garantir essa suposta igualdade.
Para ilustrar, posso fazer a retomada de um filme hollywoodiano chamado “circulo de fogo” que trata da decisiva batalha de Stalingrado durante a Segunda Guerra. Certa parte do filme, começa a desenrolar um triangulo amoroso entre um atirador de elite russo, uma tradutora e um oficial do exército vermelho. Ao ver este oficial russo que perderia sua amada para o atirador, diz que “não adianta existir um sistema, um estado que diga garantir a igualdade, pois a essência humana é a da desigualdade, a da diferença”. Lógico que não pode se caracterizar um sistema político com base em uma cena de filme, porém este dialogo representa um pouco dessa ideia mais psicanalítica de interpretar o marxismo.

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