quinta-feira, 23 de agosto de 2012



       


Durkheim frente à consciência coletiva

Émile Durkheim, foi um importante sociólogo francês que viveu durante a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX. Devido aos seus trabalhos, no próprio campo da sociologia é considerado um dos fundadores da sociologia moderna.
Sua obra ´´ Da divisão social do trabalho´´, uma de suas obras mais reconhecidas, Durkheim faz uma análise acerca das sociedades e suas estruturas constituintes, e também no tipo de direito em que elas se pautam.

Durkheim analisa as sociedades primitivas, que são sociedades em que prevalece a consciência coletiva, ou seja, um pensamento que é compartilhado por praticamente todos os habitantes de uma determinada sociedade. Ainda de acordo com Durkheim essas sociedades pré-modernas são sociedades movidas pela chamada solidariedade mecânica, que segundo ele é uma ´´consciência honesta´´, e também são sociedades onde prevalece o direito penal e a passionalidade.

Já as sociedades modernas são sociedades que se tem uma interdependência, que é totalmente regida por uma solidariedade orgânica, e também pautada no direito chamado por Durkheim de restitutivo e principalmente pautadas na racionalidade, ou seja, são sociedades em que cada indivíduo tem a sua consciência formada e vai de acordo com as suas convicções próprias.

Ainda hoje podemos notar resquícios dessas sociedades pré-modernas, como por exemplo, no recorrente ato de discriminação para com os homossexuais, onde esses indivíduos são julgados como estranhos e como uma ´´raça´´ que denigre a sociedade, onde na verdade não fazem mal a ninguém e se fossem aceitados e pudessem seguir suas vidas não trariam prejuízo algum para manutenção da estrutura de uma sociedade.

Essa consciência coletiva, da qual abordou Émile Durkheim é própria das sociedades primitivas, mas que infelizmente ainda, é recorrente em nossa sociedade.

Portanto Durkheim, estudou as sociedades, tanto as pré-modernas como as modernas, e através desses estudos tentava entender as estruturas extremamente complexas, as práticas de valores, os costumes que engendram, e formam os elementos intrínsecos as essas sociedades independentemente do momento histórico em que tais sociedades se constituíram. 

Afonso Marinho Catisti de Andrade

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