domingo, 19 de agosto de 2012

A racionalização do homem


O capitalismo sofre de um mal, a racionalização dos princípios da vida humana. Mais do que a pura obtenção de lucro, essa racionalização do modo de produção capitalista, abrange o meio econômico, cientifico, jurídico e humano. Esse aspecto do capitalismo ocidental foi um alvo de estudo de Marx Weber, em sua obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.
O ápice dessa razão se encontra na sua utilização como moral, ou seja, como meio de vida. Esse caminho é a base do protestantismo, que visa uma finalidade prática da vida. Se pensarmos nessa concepção, podemos ver claramente em religiões como na Calvinista, o principio capitalista como um ideal a seguir. A salvação predestinada, cuja representação terrena é o sucesso financeiro, vem para justificar um modelo de produção puramente racional, e conciliar a exploração prática da natureza com a ética, a religiosidade do homem. 
O racionalismo se torna parte do ser humano, e isso afeta todas as suas relações com o mundo em que vive. Com o advento da tecnologia, percebemos mais claramente como nos últimos anos, a sociedade se racionalizou e alterou o seu modo de ver o mundo. Locomover-se mais rápido, fluxo financeiro maior, interações sociais através de interfaces eletrônicas, são apenas alterações superficiais de uma lógica que se impregnou no cerne da sociedade. 
                                                                                                                      Murilo Martins

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