segunda-feira, 25 de junho de 2012


Parece ser característica própria do homem julgar os seus semelhantes a partir de estereótipos, sobretudo nos dias atuais, em que vivemos em uma sociedade de aparências, na qual é mais importante você “ter” do que “ser”.  Ainda nos dias de hoje, percebemos que as pessoas possuem, muitas vezes, uma visão determinista com relação à sociedade, visão esta que é condenada por Max Weber.

É comum encontrarmos adeptos da opinião de que o meio e as circunstâncias são fatores responsáveis pela formação do indivíduo. Sendo assim, escutamos afirmações generalizadas como por exemplo “todo favelado é bandido”, “todo político é corrupto”, “todo universitário é filhinho de papai”, entre outras. Ou seja: uma visão determinista leva a afirmações generalizadas, que por sua vez levam a conclusões errôneas e nos distanciam da verdade. É por esse motivo que Weber é contrário a esse tipo de análise social.

Pensando nas Ciências Sociais, a verdade científica, para Weber, só será alcançada através da comparação entre os fatos e aquilo que ele chama de “tipo ideal”. O tipo ideal seria apenas uma ferramenta para a realização da análise social, obtido com a observação unilateral dos fenômenos sociais, colocando em evidência características gerais e frequentes de um determinado grupo social.

Weber também questiona a explicação dos fatos sociais a partir de aspectos econômicos, somente. Para ele, não basta analisar as relações econômicas para explicar a sociedade, pois, primeiramente, a ação humana se dá por meio de um juízo de valor. Assim, o indivíduo pode agir com relação à tradição de seus hábitos e costumes, à busca por um objetivo individual, às suas paixões ou a um valor.

Se considerarmos o seu método como correto, teríamos que buscar, então, avaliar o indivíduo e compará-lo com as características estipuladas ao grupo a que pertence, além de analisar o que realmente move as suas ações além das influências das relações econômicas presentes na sua realidade. Desse modo, não poderíamos ter uma opinião já formada, de maneira preconceituosa, que determinasse como são os indivíduos analisando apenas o seu grupo social, mas deveríamos considerar as suas vontades e os seus valores, ou seja: a sua individualidade. Isso parece ser uma tarefa cada vez mais difícil, pois, com a imposição da cultura e valores americanos, o mundo - que, com a globalização, deveria ser multicultural ao invés de impor uma única cultura: a da Nação considerada mais poderosa - parece passar por uma padronização da sociedade que se sobrepõe a grupos sociais, etnias ou nacionalidades.

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