Em “Do Socialismo
Utópico ao Socialismo Científico” Engels, pai do Socialismo Científico, ao lado
de Marx, faz referência à importante e pioneira contribuição dos pensadores
utópicos do século XVIII, como Owen, Fourier e Saint-Simon. Estes pensadores
acreditavam que a sociedade iria criar condições para o alcance do socialismo por
meio do cooperativismo, do prazer e da liberdade de escolha. Owen, por exemplo,
defendeu a melhoria das condições de moradia e educação, além de diminuir a
jornada de trabalho de seus funcionários. Fourier falava a favor do fim da
distinção de papéis assumidos por homens e mulheres, enquanto Saint-Simon
resguardava a ideia de cumprimento da responsabilidade social, o que
equilibraria os interesses sociais.
Apesar de reconhecer a contribuição dos
socialistas utópicos, Engels os criticava, alegando que suas ideias idealizavam
uma sociedade, definindo a natureza do homem sem considerar suas raízes já
formadas no capitalismo. A ideia de Socialismo Científico rompe com os
preceitos anteriores justamente aí, no ponto em que se faz uma análise crítica
da realidade política e econômica da época, defendendo uma ação mais prática
contra o capitalismo ascendente, através da organização da classe proletária
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