segunda-feira, 25 de junho de 2012


A partir da dicotomia entre „o que é“ e o que „deveria ser“, pode-se encontrar um caminho a ser seguido. Nao porém um caminho em direcao a um fim último, que toma o que “deveria ser” como fim, um telos, que engendra, uma série causal, mas antes como um ponto de partida. A construcao do tipo ideal é aqui somente o início do processo que visa uma análise sociológica mais satisfatória e para isso parte de um conceito genérico para investigar os valores sociais e culturais que movem e determinam as acoes de um individuo específico. Mas talvez ainda possa caber a pergunta sobre a construcao deste tal tipo ideal em questao. Quais seriam os fundamentos primeiros para a construcao deste ponto de partida? Nao existiria um problema em conceber, primeiramente, uma nocao prévia e genérica exatamente do objeto a ser investigado? Talvez aqui se encontre o dilema de que a própria acao de observar do observador já contém em si uma construcao, já modifica o objeto a ser investigado, ou seja, da dificuldade de eximir os conceitos morais e culturais do observador na própria análise sobre o objeto a ser observado.

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