segunda-feira, 4 de junho de 2012

A Luta de Classes como o “Motor da História”




Tentando se afastar do idealismo dos socialistas utópicos, Engels e Marx buscam, através de estudos da história das sociedades, encontrar um Socialismo concreto, possível. Dessa busca surge a teoria do Socialismo Científico.
Segundo Engels, o Socialismo não é uma criação humana, mas sim o resultado final da luta de classes, onde um grupo ordena e outro obedece. No contexto da Revolução Industrial, por exemplo, o grupo que ordena é a burguesia, e o grupo que obedece é o proletariado. Essa luta de classes existe desde muito tempo, servindo como “motor da história”, responsável por todas as grandes mudanças que nela observamos.
É inegável a influencia que a luta de classes exerce na Sociedade, vários exemplos podem ser citados para comprovar isso. A Revolução Francesa, por exemplo, surgiu em razão do descontentamento do chamado Terceiro Estado com a situação na época, em que apenas essa camada era obrigada a pagar impostos, enquanto o clero e a nobreza apenas usurpavam desses tributos.
Outro exemplo são os movimentos sociais, em que determinado grupo exige certos direitos do Estado. Este, em razão da grande pressão exercida pelos movimentos, encontra-se em uma situação em que não há opção a não ser conceder, total ou parcialmente, os direitos que esse grupo exige. Caso contrário a tensão na sociedade irá aumentar, ameaçando a estabilidade do Estado.
Ou seja, quando há uma tensão muito grande entre diferentes grupos da sociedade, o Estado, deve tomar medidas com o objetivo de reduzir essa tensão, alterando sua estrutura se necessário, para que não haja o colapso. Caso o Estado se recuse a cumprir com seu dever, a tensão irá aumentar até chegar a um ponto em que uma revolução seja inevitável, e então os revolucionários, ao tomarem o poder, não farão apenas pequenas alterações na velha estrutura do Estado, mas erguerão uma nova, onde eles serão os novos soberanos.

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