segunda-feira, 25 de junho de 2012

Eu tenho...mas não conte pra ninguém.

     Max Weber, sociólogo, economista e doutor em Direito, foi uma grande personalidade alemã, com importante participação na transição do primeiro Império alemão para a célebre república de Weimar. Uma de suas mais importantes obras se chama "A ética protestante e o espírito do capitalismo", onde estuda a relação íntima da religião protestante, com a ascensão do capitalismo. Neste texto buscarei o caminho inverso, procurando descrever a (teórica e irônica) incompatibilidade da religião católica com o capitalismo, e seus efeitos culturais na cultura brasileira do século XXI.
     Como é de conhecimento geral, o Brasil foi colonizado, primeiramente e predominantemente por Portugal. Com isso, a cultura lusitana foi fortemente incorporada na brasileira. Um ponto fundamental dessa cultura era a predominância da religião católica, muito forte em Portugal. A religião católica, diferente de outras, prega em seu livro fundamental (a bíblia) a ideologia de "não-ostentação" como podemos verificar em várias passagens, como esta: “Guardai-vos, não faças as vossas boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis a recompensa da mão de vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 6:1)
     Contradições a parte, essa ideologia existe, e foi incorporada a cultura brasileira. Ainda hoje, apesar de sua gradual diminuição, ainda há aquela quase que "vergonha" de possuir bens, ou de possuir boas condições de vida. Sempre há o receio de parecer arrogante ao trocar um automóvel, ou construir uma nova casa.
     Onde estou querendo chegar com isso? A intenção é de demonstrar a contradição dessa ideologia com o capitalismo. Obviamente o capitalismo é mais bem aceito em uma sociedade que se orgulha em mostrar suas conquistas, ou que não se importa de possuir mais capital ou bens que muitas outras pessoas.
     Buscando o caminho contrário que o protestantismo, muito aceito em países como Inglaterra e Alemanha, busquei demonstrar um dos motivo da maior aceitação e prosperidade do capitalismo nesses  países como Inglaterra (e suas colônias) e Alemanha, protestantes em essência, que em países como Portugal e Espanha, com suas respectivas colônias. Muitas vezes os motivos e explicações sobre economia são explicados através de análises culturais que econômicas propriamente ditas. 

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