Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Engels faz elogio ao Iluminismo, pois afirma que a partir de então há uma ruptura com o passado. No entanto, as intenções iluministas se convertem a propósitos burgueses, uma vez que a razão iluminista visa os interesses de uma liberdade de mercado e dessa forma, os princípios de liberdade iluministas resumiram-se apenas à essa liberdade de mercado e às suas relações. Buscando a destruição dos privilégios de classes a burguesia acaba compondo sua própria antítese a partir da criação dos seus privilégios.
Analisando a situação social surgem pensadores acerca do socialismo, entretanto Engel os considera como filósofos criadores do socialismo primitivo, capazes apenas de revoltar a sociedade expondo aquilo que nela há de ruim e criar assim uma consciência coletiva, uma ação coletiva para a revolta. Contudo, apesar de sua importância, esses filósofos utilizam ideias superficiais e utópicas.
Segundo Engel, para a construção real de uma mudança é necessaria uma análise científica, ou seja, um estudo profundo capaz de observar as condições e possibilidades da implantação do socialismo em determinada sociedade. Critica, dessa forma, a metafísica e a filosofia, pois afirma que ambas fazem análises abstratas quando, na verdade, é necessário que se observe todos os elementos relacionados e nao apenas o fragmento, para que seja possível um ainterpretação real. Surge então o socialismo científico.
Engels, assim como Marx opõem-se à Hegel quanto aos conceitos de dialética, pois defendem que a dialética deve basear-se no material e não nas ideias. Para eles uma realidade projetada no mundo das ideias não passa de uma ideologia falseada, assim como a religião. Sendo assim, rompem com a dialética idealista pregando uma outra baseada no mundo material capaz de desvendar leis e o desenvolvimento histórico, pois é na historia que encontra-se as respostas para os males da sociedade.
Engels afirma ainda que a luta de classes é um conflito essencial a todas as sociedades e que ao revisar-se a história é nítido que, exceto no Estado Primitivo, ela sempre esteve presente. Assim, o socialismo torna-se para ele um "percurso incontornável da história" resultante dessa luta de classes.
Giovanna Cardassi
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