segunda-feira, 4 de junho de 2012

Controle e ilusões




Em torno de meio século a frente de uma das maiores demonstrações de força do capitalismo, a revolução francesa, que consolida a burguesia como classe detentora de poder, Friedrich Engels consegue ver ainda mais a frente de seu tempo.
            Filho de um rico industrial alemão, Engels começa a seguir um caminho diferente de seu pai e juntamente com Marx, desenvolve o chamado socialismo científico, criando uma analise mais profunda tanto do antigo socialismo utópico quanto do próprio capitalismo, seus mecanismos de defesa e controle. Tal analise foi de suma importância para a criação de uma maior praticidade no pensamento socialista (objetivo claro de ambos os autores) e também de gerou mais força para antítese capitalista.
            Para Engels e Marx, a base econômica de uma determinada sociedade influência diretamente na visão de mundo das pessoas que nela vivem e não existe maior comprovação disto do que a enorme influência que o capitalismo cria sobre as pessoas que nele convivem. Sentimentos como a felicidade são confundidos com um simples desejo de obtenção de lucro e a visão crítica e educação de uma grande parcela da população, a dita classe média, é sugada e transformada em trabalho altamente sistematizado e propaganda com o objetivo de gerar mais e mais lucro.
            É facilmente observado aos olhos do quem realmente deseja ver o domínio que a burguesia exerceu e exerce sobre as classes ditas como “inferiores”, a mecanização do trabalho, a exploração, a manipulação e a criação de uma falsa noção de desenvolvimento da humanidade em seu aspecto humanitário jogando para outras parcelas da sociedade a responsabilidade de corrigir erros do passado que até hoje se repetem e marginalizam o proletariado que continua sofrendo os mesmo abusos de sempre, só que agora com um poder de compra criado para a própria manutenção do sistema.

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