domingo, 27 de maio de 2012

Socialismo na atualidade


            “[...] as condições de superação das contradições devem ser buscadas na estrutura material (econômica) da sociedade”
F. Engels

            A burguesia utilizou seu poder econômico para modificar as formas de governo em muitos países do mundo. As Revoluções Industriais provaram que o homem é capaz de transformar a natureza em bens de consumo. Engels acerta em dizer que a “estrutura material” de uma sociedade é influenciadora política e social e origem das desigualdades.
            O capitalismo, resultado do esforço da burguesia em garantir todos seus interesses, garantiu o salto dos meios de produção de um patamar insuficiente dentro do sistema feudal até a fabricação em grandes escalas. Até aqui, Engels admite os bons aspectos, porém a grande crítica é a apropriação por parte dos burgueses pelo produto que os trabalhadores produzem. E o excesso, a superprodução alavancou a pobreza, as contradições sociais e engessou os indivíduos em classes sociais sem aparente mobilidade, uma sociedade estamental moderna: as oportunidades não alcançam nem a maior parte da população.
            Então como buscar, atualmente, as “condições de superação das contradições na estrutura material”? A resposta está na associação entre os a participação do Estado e da parte da sociedade que possui ativismo social. Contrariando Engels, que escreveu sobre o mundo em seu tempo, não há em vista na atualidade uma revolução como o socialismo: com a tomada de poder pelo proletariado, que hoje se encontra em situação mais complexa em relação aos seus componentes, haveria uma verdadeira guerra e os modos de produção seriam mais uma vez apropriados por outra classe social, agora dominante. Não se extinguiria as desigualdades, a propriedade privada, as opressões e, por último e ainda menos viável, o Estado.
            Pode-se afirmar que a herança do socialismo para o nosso tempo é o ideal de progresso humano. Os benefícios da modernidade que devem ser transferidos a todos dever estar sob a responsabilidade dos direitos humanos, auxiliados pelo próprio sistema capitalista, que parece ser inerente a personalidade humana.

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