segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pequena Análise dos Ideais de Marx e Engels, e crítica ao materialismo dialético.


É indiscutível a importância que as obras e ideias expostas por Marx e Engels causaram na história mundial. Através do pensamento desses dois grandes autores, os explorados nutriram sua alma do espírito revolucionário e mais uma vez confiram na Revolução. Como fica evidente segundo o jornal mural da 19ª Brigata Eusebio Giambone, dos partisans italianos (1944, apud PAVONE, 1991, p. 406): “Depois da Revolução Francesa, surgiu na Europa uma Revolução Russa, e isso mais uma vez ensinou ao mundo que mesmo o mais forte dos invasores pode ser repelido, assim que o destino da Pátria é realmente confiado ao povo, aos humildes, aos proletariados, à gente trabalhadora”.
         E, embora, a URSS não tenha concretizado as ideias propostas por Marx e Engels, e talvez por isso tenha falhado, é, portanto, de fundamental importância o estudo das ideias socialistas e comunistas para o entendimento do mundo de hoje e da época que ficou conhecida, graças a Eric Hobsbawn, como “Era dos Extremos”.
         Uma das grandes sínteses dessas ideias e também de como elas foram formadas está no texto escrito por Engels “Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico”. Nele entendemos como tais ideais foram conquistando os membros das classes operárias. Pois ao mesmo tempo em que ele reconquistava a esperança na revolução para atingir os ideais de igualdade e liberdade, que o Liberalismo havia destruído; possuía um caráter científico, através do materialismo dialético, que suscitava a possibilidade de ele não ser apenas mais uma utopia.
         Infelizmente é impossível saber se a proposta de Marx e Engels é utópica, pois ela nunca foi aplicada de maneira verdadeira. Mas podemos tecer duas considerações. A primeira é que a cientificidade do materialismo dialético fora negada por Karl Popper, pois o fato de a dialética se utilizar da contraposição de ideias com ideias, sem levar em consideração evidências, faz com que ela reduza todos os objetos ao antagonismo da antítese, e o método científico não se valida de antítese e sim de observações do objeto sem a interferência crítica ou especulação. E a segunda é justamente o fato de que, embora, essa crítica seja forte ela não prova que o modelo político proposto por Marx e Engels não seja melhor que os atuais. Portanto, o estudo desses autores ainda é extremamente válido, ainda mais, para o direito que vem agindo como importante ferramenta ativista nos últimos tempos em nosso país.

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