segunda-feira, 28 de maio de 2012

A marcha da sociedade rumo ao comunismo


Ao propor o socialismo científico, Marx e Engels rompem com o socialismo utópico, vinculando-o estritamente a realidade e adotando uma visão dinâmica desse, na qual o comunismo é a etapa final do movimento dialético da história, propiciado pela “lute de classes”.  Para o marxismo, a história nada mais é do que do que a negação da realidade vigente e síntese de uma nova por esse processo (“hipótese + desenvolvimento + tese + dialético = síntese”).

No entanto, a dialética marxista diferencia-se da de hegeliana ao substituir as “leis históricas” do último pelo “fato histórico”, valorizando a abstração em detrimento da idealização. Ainda nesse contexto, o movimento proporcionado pela “luta de classes” tem raízes econômicas, sendo o modo de produção (o controle das forças produtivas), segundo o materialismo dialético, a origem dessa luta e o motor por traz das mudanças sofridas por diferentes sociedades ao longo do tempo; apenas o comunismo, onde esse conflito estaria ausente, não mais há lugar para o fenômeno dialético.

Portanto, inserido no marxismo, o iluminismo é visto como parte desse progresso, porém é também, ao dar luz a sociedade burguesa, uma etapa a ser superada.  Tal como a burguesia tomou da nobreza o controle das forças produtivas, também deve o proletariado tomá-lo da burguesia; ambos são parte da marcha histórica rumo ao comunismo, porém,  estando um a frente do outro, o anterior torna-se um obstáculo a ser superado.

Yuri Rios Casseb

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