Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Individualismo vs. Durkheim
Durkheim, autor do texto em análise, aborda o tema do coletivismo dentro do âmbito sociológico. Segundo ele o individualismo é exprimido para que a força do conjunto comum (fato social) tome lugar. Seu método é eficaz e funciona até os dias de hoje.
Por mais que se tente fugir, toda instituição possui seus métodos e força coerciva para que se exerça a pressão suficiente capaz de continuar ativa. Mesmo o grupo mais distante dos padrões chamados de "normais" possuí suas próprias regras de conduta, excluindo aqueles que querer se individualizar entre os membros que se intitulam "diferenciados".
Ao abrirmos mão de certas vantagens naturais entre homens, como a força de uns e a coragem de outros, estamos caminhando em direção ao que Durkheim chama de solidariedade. Essa que segundo o autor possibilita o convívio e a socialização do homem.
Com a evolução desse convívio, surgem as instituições, como a família, igreja, polícia, etc. Estas que no entanto, mantiveram-se devido á mutação não de seus rituais, mas sim de seu significado para o publico da época, adquirindo diferentes conotações ao longo da história. Essa capacidade dos pilares fundamentais do fato social mudarem mostra a importância que o coletivo apresenta sobre o individual mais uma vez.
É curioso de se pensar que, ao contrario da química, por exemplo, onde um conjunto de partículas magnetizadas irá resultar num corpo certamente magnetizado, na sociologia, a individualidade de opinião e pensamento não reflete necessariamente numa sociedade de acordo com a linha de cada membro, mesmo em casos majoritários. Um exemplo atual é a reflexão sobre a homossexualidade. Diversos homens pensam de maneira conservadora e até mesmo preconceituosa a cerca da união entre homossexuais. No entanto perante a opinião publica e "midialógica" a sociedade tende a aceitar essa união, como se esse pensamento fosse tomado por uma outra entidade, uma nuvem superior ao individual, mesmo que pautada nos indivíduos em sí como base.
A conclusão que chego é, por mais coro que o individualismo tenha ganhado e por mais propaganda de produtos supérfluos dizendo que você é único em suas atitudes, você pouco controla suas ações dentro do grupo social, mesmo nos dias de hoje. Nós somos um reflexo daquilo que o todo passa, no momento conjunto de tempo e espaço. A corrente é maior que a marca de roupa ou pensamento que você use para se diferenciar. Chorem o quanto for, mas nosso individualismo é pouco ativo, mesmo com toda a liberdade que nos foi prometida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário