segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ser ou não ser positivista?


(Acompanhe o resto desta HQ em: http://www.filosofianaescola.com.br/2012/03/auguste-comte-em-quadrinhos.html)


Ao pensarmos na palavra “ciência”, logo associamos com a idéia de pesquisadores da área de exatas e suas experiências mirabolantes. Porém, a corrente positivista, marcada pelo nome de Augusto Comte, propôs uma nova categoria: a física social, uma ciência baseada no comportamento dos indivíduos em sua sociedade. Porém, quais seriam as conseqüências de tal estudo? Quais os fatos a serem analisados?
Os fenômenos naturais, incluindo os indivíduos, seriam regidos por uma lei única, a qual, quando descoberta, explicaria a ocorrência destes. A única maneira de conhecê-la, porém, não estaria na filosofia clássica, fundamentada em suposições; mas sim em estudos concretos, com experiências capazes de serem comprovadas ou, ate mesmo, desmentidas. E é isso que a filosofia positivista proporciona: um olhar científico sobre fatos totalmente sociais.
Comte, para afirmar sua teoria, demonstra as vantagens de tal caminho, colocando como objeto de estudo o próprio indivíduo em seu meio social. Porém, demonstra também a dificuldade em interligar a “ciência” e a “sociedade”. Esse seria o ponto ideal para a descoberta da lei geral e a resolução de todos os empecilhos que desordenam as relações humanas.
O Positivismo seria, então, uma maneira correta de interpretar os acontecimentos da sociedade, já que tem suas bases fixadas em “pilares concretos”? Bom, não é bem assim que funciona. Muitos acreditam que esse pensamento racionalizado, com muita “ordem e progresso”, não seja a melhor maneira de encarar a realidade, já que comportamentos mudam a todo o momento. Diante disto, o conceito positivo adquiriu duas vertentes, atraindo adeptos e inimigos.
A questão é: ser ou não ser positivista? A resposta para essa pergunta depende da visão de cada um de nós sobre os fatos sociais. Não se trata de um olhar único, mas sim de diferentes visões acerca de um mesmo objeto de estudo: o homem, ser este que cada vez mais surpreende a própria humanidade.

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