domingo, 15 de abril de 2012

Por quem os sinos dobram ?

Meditation XVII

No man is an island, entire of itself; every man is a piece of the continent, a part of the main; if a clod be washed away by the sea, Europe is the less, as well as if a promontory were, as well as if a manor of thy friend's or of thine own were; any man's death diminishes me, because I am involved in mankind, and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee.

John Donne

Nenhum homem é uma ilha isolada, em ode à Donne. Somos fragmentos compositórios de um sistema que se interliga por fatores bióticos e abióticos.
Os cartesianos estavam equivocados, fragmentar a ciência é limitá-la e domá-la é, antes de tudo, datar seu fim. Descartes e seus conterrâneos ao proporem uma forma desenvolvimentista da ciência se espelharam nas necessidades e carências de seu tempo. O homem moderno designou-se tal fazendo uso de tais princípios e ao esbarrar-se com a contemporaneidade, onde as demandas foram alteradas e o conceito de pós-moderno faz jus a sua designação de consumo, não repensou em tais conceitos, que já se encontravam enraizados em sua essência.
Evoluir não o é por si só, ninguém há de evoluir sozinho e caso tamanho equivoco ocorra não há função para tal. Devemos repensar a sistemática com a qual olhamos e mundo , sem fragmentá-lo em apêndices irresolutos , mas tratando-o como um todo, zelando por tal holisticamente, uma vez que o conhecimento só é base para que novo conhecimento desponte concomitante com seu tempo e hábil de reconhecermo-nos como iguais e membros de um mesmo espaço indissoluto, afinal, o sino dobra por ti.

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