segunda-feira, 30 de abril de 2012

Em face do Positivismo

            Augusto Comte, um dos grandes filósofos franceses, é a principal força filosófica quando se fala no Positivismo, apresentando-o como uma teoria do conhecimento apta a perceber e desvendar a ordem natural dos acontecimentos históricos.
Ao desenvolver leis gerais adequadas a todos os indivíduos e todas as sociedades, limita-se à experiência imediata, pura, sensível, dominada por leis mecânicas de associação e de evolução. Por outro lado, o positivismo se apresenta como uma coordenação das ações políticas necessárias à manutenção dessa ordem, que leva ao progresso, contrapondo-se assim ao idealismo abstrato, opondo-se também a qualquer tipo de conhecimento que não esteja amparado em condições reais e demonstráveis.
             Comte crê definitivamente ter se deparado com a filosofia natural, a que Bacon tanto se referia, mesmo sem ter encontrado suas verdadeiras normas de funcionamento. A observação e o desvendar da ordem natural é o ponto de partida para uma ação racional sobre a própria natureza do positivismo.
Ele, acondicionado pelo otimismo moderno, apresenta a ciência como a única e verdadeira redentora e realizadora da promessa do conhecimento e do progresso.
Portanto, a filosofia de Comte concede à ciência lugar de fundamental destaque, na medida em que a ela compete munir o conhecimento do mundo e o plano de ação apropriado ao seu manejo. Ver  para prever e prever para controlar, eis a síntese da perspectiva cientificista da filosofia positivista que em conjunto com a ordem que leva ao progresso, a observação e a experimentação, foi de alguma forma, enraizada na consciência epistemológica moderna que se expandiu por várias formas de conhecimento, inclusive para o direito.

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