domingo, 29 de abril de 2012

Educação Positivista


            Segundo Augusto Comte, “o pensamento positivista poderia garantir a organização racional da sociedade”. Após abandonar os métodos teológicos e metafísicos do pensamento humano, o positivismo iria atender as necessidades de estabilidade, através do conhecimento social científico como base para reformas de ordem progressista.
            O destaque da grande influencia positivista na educação é a ascensão das ciências exatas. De acordo com o Positivismo, a união entre técnica e teoria iria garantir a superação da fragilidade fisiológica do homem. Sendo assim, a aplicação de conceitos prontos como foi feito no auge da prática positivista na educação no Brasil, a ditadura militar, construiu uma educação segmentada, na qual ‘aprender’ era simplesmente absorver todas as informações de forma mecânica, dando um caráter fragmentário ao saber cientifico. O desenvolvimento crítico da população não possuiu espaço e, com isso, os valores culturais, as condições históricas e as diferentes condutas humanas eram ignoradas ao se tratar de ciências sociais.
            Em relação à formação humana, Comte baseou-se em um forte poder de moralização, inserção no trabalho e estabelecimento de regras para convivência social. Apresentou, portanto, a educação como rompimento do isolamento da ciência, alicerce da reorganização e intervenção social. Educar a população seria imprescindível para garantir a “ordem e o progresso”, ideais positivistas que permeiam o sistema educacional brasileiro até os dias atuais.
            Os métodos positivistas não devem ser extintos e nem poderiam, pois caracterizam uma visão prática acerca dos sistemas educacionais. Entretanto, um remodelamento das formas de ensinar com a introdução de princípios sociais e voltados para os direitos humanos é a possibilidade de capacitar a população diante da nova realidade mundial.

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