domingo, 15 de abril de 2012

Barreiras Transcendentes

O filme "Ponto de Mutação" destaca, sobretuto, o hábito humano de organizar-se a partir de subdivisões, analisando fragmentos das diversas ciências cotidianas em contraponto a uma análise do todo. Decorre-se, assim, da teoria de René Descartes, introduzida no século XVII, a qual prioriza o estudo através da fragmentação máxima do objeto a ser estudado, visando um conhecimento superior das diversas unidades que o compõem.
O filme, nitidamente, faz crítica a essa teoria cartesiana, uma vez que, ao analisar-se soladamente os fatos exclui-se detalhes úteis ao entendimento superior destes. Destaca-se tal ideia, a partir dos relatos da personagem Sonia, capaz de enxengar de modo interligado os componentes do ambiente que a cerca. Pois, sob seu entendimento, somos muito mais que partes isoladas a serem observadas separadamente, possuímos conexões com o todo e estas nao devem ser descartadas.
Fazendo alusão ao direito, talvez a teoria holística, defendida pela personagem, adiasse a resoluçao de determinados casos devido as minúcias a serem observadas, no entando proporcionaria um resultado muito mais abrangente sobre o ser estudado, o que poderia levar a resoluções benéficas.
Todos somos elementos de um único sistema, sendo assim, nada mais justo do que o estudo do objeto como parte do todo, ou seja, do objeto juntamente ao meio ao qual esta introduzido, ultrapassando as barreiras da subdivisão. A análise holística, dessa maneira, é capaz de associar as diversas características de um elemento e aprofundar-se em sua complexidade, proporcionando, assim, uma observação mais detalhada das partes.


Giovanna Cardassi dos Santos Yarid

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