domingo, 25 de março de 2012

Separar o joio do trigo

   Francis Bacon reproduz em Novum Organum uma nova maneira de se produzir conhecimento, rompendo com a maneira tradicional que pravalecia no século XVII. Várias passagens do texto me lembraram ideias centrais de outras obras, como "Capelão do Diabo", de Richard Dawkins, que anseiam por uma metodologia científica e um pensar voltado para a razão do homem.
   Através dessa discussão podemos começar a distinguir o conhecimento científico do conhecimento não científico, o que é uma competência que não nasce conosco, mas no próprio conhecimento, sendo tal capacidade primordial, crucial e básica àqueles que estão ingressando no universo científico que a universidade representa. É daí que será feita a separação entre o senso comum e conhecimento científico aprofundado; é daí que será separada a informação sem bases sólidas da informação científica, apoiada em dados experimentais e estatísticos, que é confiavel e útil na produção de mais conhecimento.
   A partir do texto podemos também fazer relações entre ciência e tecnologia. A ciência surge através do conhecimento e volta-se à produção de tecnologia; que através do domínio da natureza fornece ao homem melhores condições de produzir mais conhecimento. Há portanto um elo que liga ciência e tecnologia, sendo essencial em áreas como engenharia e biologia. É o conhecimento criando meios de produzir mais conhecimento, com mais precisão e em menor intervalo de tempo.
   Por fim, concluo que a maior contribuição do texto para mim, é a apresentação da maneira como se deve tratar os diversos tipos de conhecimento; a distinção que se faz entre conhecimento científico e demais ciências, o que nos possibilita olhar para o mundo prontos para, com menor ingenuidade, aproveitar o melhor de cada informação e descartar aquelas que de certa maneira não acrescentam nada e confundem toda a linha de raciocínio, que juntamente com a metodologia, deve ser seguida.

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