Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
segunda-feira, 19 de março de 2012
A razão da razão
Desde os primórdios da civilização o homem busca respostas para as coisas que o rondam, de explicações para uma tempestade até de onde viemos ou para onde vamos quando morremos. Por muito tempo os fenômenos foram explicados através de mitos e crenças, sem serem questionados racionalmente. A partir do século XVII, Renée Descartes apresenta sua teoria racionalista em seu livro "O Discurso do método", mudando por completo o modo de pensar e, consequentemente, o modo de se fazer ciência. Sua teoria afirma que a experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa realidade do mundo e que somente a razão humana, trabalhando com os princípios lógicos, é capaz de atingir o conhecimento verdadeiro.
Descartes mudou radicalmente o pensamento de sua época, estudos puderam ser comprovados e a ciência deu um salto nunca antes visto. Suas teorias continuam atuais e regem vários setores da sociedade. Na medicina, por exemplo, há a certeza do pensamento cartesiano de que a alma é totalmente independente do corpo.
Apesar de suas teorias terem contribuido (e muito) para o avanço científico e para o bem estar da sociedade, elas deixaram uma ideia puramente objetivista do mundo, sem se dar conta que sensações e emoções atuam na mente humana no mesmo plano da nossa racionalidade. Estudos comprovam que não é possível separar inteiramente em nossos comportamentos a parte racional da parte emotiva, o que revela que nosso corpo e nossa mente estão em contínua relação.
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