segunda-feira, 19 de março de 2012

O Enfraquecer do Conhecimento Religioso

A obra de René Descartes, O Discurso do Método, revolucionou o pensamento científico. Publicado na França em 1637, o livro apresenta um novo caminho para se construir o conhecimento científico. Para começar, a obra foi publicada em francês, ao contrário dos grandes autores da época, assim como os mestres de Descartes, os quais publicavam seus trabalhos em latim. Para Descartes, o importante era o bom senso no estudo, “aqueles que se servem somente de sua razão natural totalmente pura julgarão melhor minhas opiniões do que aqueles que só acreditam nos livros antigos”.
Descartes propôs uma nova metodologia, na qual o homem é o centro do universo, pois através da razão pode compreender todas as coisas que o cerca, e desta forma, consegue dominar a natureza. Apesar de colocar o homem no centro das atenções, não há confrontação com a religião, uma vez que, segundo a concepção de Descartes, tudo que existe no homem se originou de Deus. Assim como, ele acreditava na “Gênesis”, ou seja, na criação de todas as coisas por Deus, desde a Terra, o céu até os seres vivos.
Podemos entender que no texto houve uma conciliação entre a religião e a ciência, o que na época era perfeitamente possível, pois não havia, por exemplo, os ensinamentos de Charles Darwin com a Teoria da Evolução, a qual comporta a ideia de que os seres vivos atuais possuem um ancestral comum que através da ação da seleção natural originou as espécies atuais.
O racionalismo proposto por Descartes domina cada vez mais o pensamento científico do homem. Todos os dias novas descobertas são feitas pelos cientistas, colocando o homem como grande dominador da natureza, hoje se desenvolve no laboratório um ser vivo a partir de simples células germinativas. A ciência cada vez mais explica coisas que antes eram explicadas puramente através do conhecimento religioso. Chegaremos ao ponto de explicar cientificamente a existência de Deus ou simplesmente descobriremos que Deus está na razão das coisas que ainda não foram explicadas?


Matheus da Silva Mayor

Nenhum comentário:

Postar um comentário