segunda-feira, 19 de março de 2012

Norteados pelo Método

  Antigamente era comum que as pessoas soubessem realizar várias atividades. As mulheres sabiam fazer roupas, sabões, queijos, doces variados entre outras coisas que as tornavam “prendadas” e os homens realizavam consertos de todos os tipos, além de exercerem suas respectivas profissões. No entanto, essa característica social já não é tão comum quanto era antes.

  Há mais de trezentos anos, “O Discurso do Método” de Descartes estabeleceu a fragmentação como mecanismo para a solução de problemas dentro da produção do conhecimento. Este último, com o passar do tempo e com o desenvolvimento cientifico, foi tornando os profissionais cada vez mais especializados em suas áreas e hoje é transmitido ás pessoas de forma totalmente fragmentada - “Caderno 3, Biologia, Setor: 142, Botânica, Capítulo 1: Briófitas”. Mas como transmitir tudo que foi construído e descoberto ao longo de séculos se não dessa forma?

  Incontestavelmente a fragmentação dos conteúdos torna prático o ensino e o método científico formulado por Descartes e aprimorado por outros grandes pensadores, contribuiu e contribui á sociedade. O método científico norteou cientistas e estudiosos em grandes avanços na Medicina, na Construção Civil, na Aeronáutica, na Geologia, na própria Filosofia e em tantas outras áreas que foram criadas. Muitos dos tratamentos médicos que curam enfermidades não teriam sido desenvolvidos se não houvessem pessoas focadas em estudar doenças específicas.
 
  A sociedade moderna, em especial, é extremamente cartesiana e especializada. Profissionais muito especializados são cada vez mais procurados e, em decorrência disso, a interdependência entre as pessoas e as instituições se faz mais presente. Esse último aspecto é o "preço" que a sociedade já paga. Sermos norteados pelo método científico compensa. Isso é claro observando os avanços nas ciências.

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