segunda-feira, 26 de março de 2012

Doce Pensamento, Salgada Alma

Principalmente após a Segunda Revolução Industrial, o mundo se viu em completa mudança, seja esta social, econômica ou cultural. Com o advento da energia elétrica e de muitos outros aparatos industriais desenvolvimentistas, as fábricas nunca mais pararam de soltar fumaça e os operários se acostumaram com a especialização de apenas uma função específica. Adentra-se, portanto, em um mundo pantagruelicamente influenciado pela ciência.

Desse modo, pode-se pensar opositória “dialética” baconiana, na qual a ciência é um puro instrumento complementar. Bacon potencializa o conhecimento e o seu método fazendo uma difícil combinação entre ciência e intelecto. Este, entretanto, é limitado pela mera incapacidade da “lógica atual” e aquela é inútil para a incrementação de novas obras e novos conceitos. Assim, é possível uma analogia atual, na qual o homem utiliza-se de conhecimentos e teorias impressionantes para construir bombas atômicas, porém, não as utilizam de modo inteligente, racional.

Além disso, a forma como Bacon compara a mente humana e os sentidos com a natureza é desafiadora e inquietante, mas tal comparação não é equivocada, já que a última é, segundo ele, a mais elevada. Tomando ainda como exemplo as bombas atômicas, especificamente as que foram jogadas em Hiroshima e Nagasaki, percebe-se a notável recuperação da natureza – indubitavelmente com a ajuda do homem – frente ao intelecto e ao sentido humano.

Não obstante, Novum Organum revela-se predominantemente crítico, com pontos de vista que, de um modo ou de outro, provocam reflexões até os dias atuais. Isso se nota através de concepções atuais de que a ciência, por exemplo, não revela novas descobertas, sendo estas corretas ou não. Assim, é possível chegar a um raciocínio que não bastam apenas teorias ou modernidades científicas, mas também aparatos que possibilitem um maior desenvolvimento. É o caso das tecnologias atuais, que facilitam a vida dos indivíduos, bem como notebooks, ipads, internet, GPS(Global Positioning System) etc.

Por fim, denota-se do texto de Bacon que nem sempre a ciência é a dona do universo, porque os alicerces e as bases se fazem igualmente importantes. Logo, a natureza é como um bolo, na qual todos os ingredientes estão inseridos e, portanto, o mais importante lá se encontra inserido. De modo contrário, a ciência é apenas a cereja, detalhe que nem sempre se faz imprescindível.

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