Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
domingo, 25 de março de 2012
Francis Bacon e o planeta
Bacon em sua obra Novum Organum, propõe um método de desenvolvimento científico em que a mente se põe como senhora da natureza. Em que o homem deveria domar a natureza em seu favor, ao propor a escravização dos recursos naturais, Bacon abre porta para quiçá o maior problema enfrentado atualmente pela humanidade.
O desenvolvimento científico proporcionou melhores condições de subsistência às pessoas. E desta forma, abriu espaço para que o contingente populacional crescesse de forma que se torna insustentável explorar os recursos naturais somente em favor do homem. A idéia de separar o bem estar do homem ao dos demais elementos da natureza é um grande erro.
Não se pode pensar o homem como ser autônomo e soberano em relação aos demais recursos terrenos, pois ele é parte integrante e completamente dependente do bem estar do bioma em que se insere. Esta idéia arrogante de superioridade trouxe o planeta a um estágio crítico de devastação, que já impossibilita a vida em diversas localidades como ilhas usadas pra testes nucleares. E isto se torna ainda mais grave quando as pesquisas para meios de reverter os danos causados ou para meios de desenvolvimento sustentável, em sua maior parte, ainda engatinham.
O pensamento Baconiano que tanto contribuiu para o desenvolvimento científico chegou ao seu ápice, hoje a exploração indiscriminada de recursos naturais em favor da ciência se torna impraticável, de certa forma o pensamento de Bacon em relação ao modo de se lidar com a natureza necessita de ser superado.
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