segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Dicotomia Questionável


Duas vertentes de concepções de liberdade são trazidas à tona quando estudadas junto ao direito em questão de aplicação, manutenção, comparação e limitação. Hegel acredita que o Direito garante as liberdades do homem, enquanto Karl Marx, numa crítica a essa visão, crê que o Direito inibe a liberdade e que só com a ausência das leis é possível ser livre.

Tais julgamentos são questionáveis e passíveis de críticas. Ambos podem ser interpretados como corretos, como incorretos, ou impossíveis de serem colocados em prática, devido à situação atual da sociedade. É notável a presença de leis concretas e corretas. Porém, é também nítido que não são seguidas, que a liberdade é ferida, e que quem a fere por muitas vezes sai impune graças a quem - movido por pressão, corrupção, coação ou má-fé - deveria ser o maior sensibilizado, aquele que deseja ser livre: o próprio homem.

Vemos que a vivência em sociedade seria, sim, muito mais simples com oportunidades iguais a todos, mas é visto, também, que aqueles que têm iguais oportunidades não alcançam patamares sociais semelhantes. Isto é, a índole, o caráter, as experiências de vida, o meio, o tempo, o local - tudo influencia no mecanismo de sociedade. O individual atinge o geral, e isso é visto quando alguém fere a liberdade de outrem, praticando atos desviantes dos regulamentados em leis.

Pode-se dizer que a liberdade é, sim, garantida pelo direito, e que só poderá-se pensar no desvínculo destes quando a consciência individual for alterada para fins de atingir o equilíbrio social, mas que se isto for alcançar, qualquer dos meios será eficaz para se conseguir o que é almejado por todos: ser livre.

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