segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Entrave


Cada ser é qualificado, tem seus diferentes pontos e funções na sociedade. Se ele parar de exercê-los, afetará outros envolvidos e o funcionamento social é prejudicado. Seria como órgãos trabalhando no corpo humano.
O que causa indignação é o conformismo que há nessa metáfora. O cidadão exerceria sempre o mesmo trabalho, e não poderia mudar de função social? E o direito seria instrumento disso?
A solidariedade orgânica diferencia os seres, enquanto a mecânica os traz como engrenagem. Não acredito que um órgão nunca desejará se tornar um mais vital, mais essencial um dia.
Toda e qualquer forma de paixão é repugnada no vivenciamento. As normas são pré-estabelecidas, e não podem ser alteradas por sentimentos de vingança ou impunidade, mesmo que a vontade geral seja a modificação. O direito deveria agir como mediação, não como proibição da influência passional em determinados atos repugnados pela sociedade.
A balança está pendendo para um lado: o da estagnação.

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