terça-feira, 28 de junho de 2011

Um novo método de ciência

O "Discurso do Método" de René Descartes representa uma ruptura com todos os métodos de obtenção de conhecimento até ali existente. Nessa obra, a razão é colocada como o único meio de construção e aumento gradativo do conhecimento, já que através dessa é possível obter estudos livres de indagações, o que era inexistente nas ciências desenvolvidas até então.
Descartes coloca a razão como única forma de superar todos os equívocos cometidos nas áreas científicas, devido ao fato dessa ciência estar ligada a superstições, crenças, hábitos, e diversos outros fatores tidos como sobrenaturais.
A ciência deve ser, portanto, racionalizada, libertada de sentimentos e pré-noções. Para Descartes, a dúvida deve ser o princípio fundamental desse novo método científico, ou seja, tudo aquilo que fosse digno de qualquer indagação deveria ser rejeitado, afim de que fosse encontrada uma verdade científica incontestável. Assim como a razão era tido como caminho para a verdade, a clareza era vista como critério de verdade. Nisso cabe dizer que para Descartes, tudo aquilo que fosse notado muito claramente, poderia ser tido como verdadeiro.
Uma verdade científica incontestável poderia ser obtida através do método desenvolvido por Descartes, que pode ser resumido da seguinte maneira: Primeiramente deve-se rejeitar tudo aquilo que não é concebido claramente, evitando a pressa e a prevenção. Posteriormente, o objeto de estudo deve ser fragmentado, seguido por um ordenamento dos pensamentos, que devem se guiar das parcelas mais simples para as mais complexas. Em último momento, devem-se realizar revisões para que nada seja omitido.
A ciência deveria ser exercida para o bem do homem, ou seja, teria a função de controlar todas as forças que estão a seu redor e canalizá-las para o benefício geral da humanidade. Contudo, nessa obra Deus representa o "ser perfeito" sendo, portanto, visto ainda como a fonte de todo o conhecimento que o homem é capaz de construir e obter.

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