domingo, 26 de junho de 2011

Postagem relativa às postagens anteriores visando obtenção de nota final ainda que parcial.

aulas dos dias 17/03 e 24/03

Cartesianismo – Dúvidas, crenças e ciência como alicerces do Racionalismo moderno

René Descartes certamente estava à frente de seu tempo. Isso porque fora estudioso de diversas áreas e se encontrou enfim como grande pensador e filósofo, ainda que talvez de forma não proposital. Mesmo sendo um convicto crente e temeroso a Deus, ele pregava a razão como o real caminho para a verdade. Tendo ele estudado diversas áreas diferentes viu-se frustrado pela obscuridade dos métodos sobre as quais essas ciências se fundamentavam, então, como declarado em sua obra “O discurso do método”, propôs uma análise da realidade por meio da razão ao invés da imaginação e dos sentidos, esses últimos mais perigosos porque é difícil por algo que se sente na pele em dúvida, mas devemos lembrar, como exemplo, de que algo que vemos ou que sentimos o cheiro de forma agradável não o é, ou pode não sê-lo, para outrem.

Ainda para Descartes seria a dúvida a melhor ferramenta que a razão pode nos proporcionar para averiguarmos a veracidade de dados, isso porque ao se por algo em dúvida exporíamos eventuais equívocos e/ou erros em sua afirmação, sendo então possível analisar sua validade. Entretanto por desenvolver seus princípios baseados no mundo cognitivo, dá espaço para inverdades e absurdos, e ele nos alerta sobre isso, principalmente em relação às dúvidas. Seria então necessário o predomínio do bom senso mesmo diante da razão, já que o cuidado em busca da neutralidade de análise é, portanto indispensável se o objetivo é a verdade pura, ainda que o conceito de verdade seja altamente subjetivo.

Por fim, Descarte mesmo buscando por meio do racionalismo do pensamento a concretização de uma ciência mais objetiva não abandona se quer por um momento a ideia da existência de uma Força Maior, Deus, e tem Este sempre como referencial último do conhecimento...

aula do dia 31/03

Francis Bacon - Os avanços do homem fundamentados na objetividade de seus atos

Bacon em seus ideais confronta a clareza científica com a fantasia de pensamentos estruturados sobre devaneios advindos do conhecimento e da capacidade contemplativa da cognição humana, sendo que esses últimos são próprios da filosofia tradicional, que possui como paradigma a antecipação da mente aos fatos da realidade.

Assim Bacon se torna um dos propagadores do empirismo e também dos conceitos básicos do positivismo, que encontrará como expoente e principal difusor Augusto Comte. Ele ainda nos alerta que mesmo por meio da observação, análise e experimentação, o nosso veredicto pode ainda ser influenciado por nosso meio e por nossos ídolos, sendo assim muito difícil estarmos realmente dispostos a praticar a ciência pela ciência, já que interferências devem estar sempre presentes mesmo que não seja possível reconhece-las.

Enfim Francis Bacon mostra-se influente ainda hodiernamente, já que prega que o pensamento, bem como a ciência em si, deve ser útil, senão não há motivo real de haver. Essa utilidade não visa somente o desenvolvimento do homem, que deve ser o foco principal de nossos esforços intelectuais, mas também a lucratividade, ficando clara a influencia do capitalismo sobre os pensamentos de Bacon, isso porque só as pesquisas científicas que retornarem lucros receberão investimentos, e somente as que receberem investimentos estarão aptas a desenvolver sua plenitude.

Aulas dos dias 07/04 e 14/04

Análise do Filme "Ponto de mutação"

No filme “Ponto de Mutação”, baseado na obra escrita de mesmo nome de Fritjof Capra, é apresentada uma discussão filosófica entre um político, uma cientista e um poeta, que discorrem sobre o comportamento da sociedade contemporânea. São abordados temas diversos, tal como o comportamento e o pensamento objetivado dos políticos em geral, que até mesmo pela busca de resultados reais dividem os casos que devem ser tratados, no entanto essa fragmentação não reflete as necessidades reais da humanidade como um todo. Não há somente uma crítica negativa quanto a esse ponto, mas sim uma abordagem dos dois lados das consequências desse tipo de atitude, leva-se em conta de que essa é o modo de governo que tende a trazer uma maior dinâmica no caminhar da humanidade, contudo esse é o mesmo fato que pode ser visto de maneira negativa, já que é esse ideal de se querer conseguir resultados rápidos que faz com que deixemos passar despercebidos fatos que podem trazer consequências indesejáveis no futuro.

Há ainda no filme uma análise das diretrizes da ciência, que por vezes tem se mostrado mais prejudicial do que benéfica ao homem. Isso porque ao invés de ser utilizada para o desenvolvimento do ser humano como deveria de fato ser, visto que ela não passa de um mero instrumento para tal fim, tem sido ela uma das principais contribuintes para o provável extermínio das formas de vida hoje conhecidas.

Tem-se afinal a proposta de uma idéia já batida, mas dificilmente alcançada, a idéia de equilíbrio. Equilíbrio que deve existir entre valores e atitudes, entre a humanidade e o meio em que se encontra, entre nossos pensamentos e sua exteriorização. Pois só assim haverá a possibilidade de se poder contar com alguma perspectiva agradável de futuro.

Aulas dos dias 21//04 e 28/04

O positivismo de Augusto Comte

Augusto Comte na sua teoria social do Positivismo tem como um de seus principais alicerces a ideia de progresso, que é tida geralmente como subjetiva e possuidora de significados diversos. Entretanto o progresso para Comte estava bem definido, o progresso consistia basicamente na busca de um futuro melhor por meio da razão, um futuro sem atrito entre classes sociais, onde cada indivíduo se colocaria em seu lugar a fim de desempenhar seu papel com maestria e assim constituir uma sociedade harmônica.

Apesar de parecer talvez um pouco paradoxal, o Estado positivo deveria ter como sua principal característica a união de todos visando o bem estar geral, ou seja, ele seria solidificado por meio da solidariedade, solidariedade essa não relacionada a filantropia, mas sim na simples unidade de valores e ideais. Isso porque somente um Estado que possua uma ordem interna pode avançar sem contratempos em direção ao progresso. Assim vê-se que nesse ponto o positivismo se opõe ao liberalismo, já que este último vê a busca pela ascensão social como fator benéfico para a economia e consequentemente para o país, já Comte vai contra a mudança de função das células sociais, isso porque a desordem vai contra o progresso.

Para concluir podemos dizer que o ideal positivista mesmo que muito criticado e até mesmo posto em crise, é inegavelmente eficiente, se o que se busca é uma “evolução”, leia-se mudanças, principalmente no que se tem no setor econômico. Sacrifica-se por meio dele, como já é previsto, conjecturas individuais em prol da sociedade como um todo, isso porque a humanidade é tratada como um órgão único e suas células não são vistas individualmente. Entretanto esquece-se que cada ser humano é ímpar, e assim sendo, possuí vontades e necessidades individuais. Por fim nos cabe apenas discorrer sobre o assunto vendo se é ou não sua aplicabilidade nos meios sociais em que vivemos.

Postagem de
Lucas Takahashi Tashiro
1º ano - Unesp - Direito Diurno

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